Rover da NASA registra imagens de tempestade solar em Marte

Em maio, uma tempestade solar da categoria X12 – uma das mais fortes – atingiu o planeta Marte. Isso forneceu  aos cientistas a oportunidade de colher mais informações sobre como a radiação solar afeta o planeta vermelho. Esse conhecimento será crucial para proteger os futuros astronautas que pisarão na superfície marciana.

Monitorada pela espaçonave Solar Orbiter, parte de uma missão da NASA e da ESA (Agência Espacial Europeia), o Sol enviou uma onda de raios X e gama para Marte na velocidade da luz, antes de uma ejeção de massa coronal lançar partículas carregadas sobre o planeta.

Na superfície, as câmeras de navegação do rover Curiosity conseguiram registrar o momento da chegada da tempestade solar no planeta. Apesar de não serem visíveis a olho nu, as partículas acertaram os sensores das câmeras e geraram os rastros e manchas brancas e pretas vistos nas animações abaixo:

Vale lembrar que Marte não conta com um campo magnético tão forte como o da Terra para proteger a superfície dessas partículas carregadas.

De acordo com o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, se os astronautas estivessem ao lado do rover Curiosity no momento da tempestade, teriam recebido uma dose de radiação de 8.100 micrograys – o equivalente a 30 radiografias de tórax. Apesar de não ser mortal, o número é o maior medido pelo RAD (Radiation Assessment Detector), do Curiosity, desde seu pouso há 12 anos.

Além dos efeitos na superfície, sondas em órbita de Marte também detectaram a tempestade solar. Um vídeo da NASA mostra auroras roxas detectadas pelo instrumento ultravioleta a bordo do orbitador MAVEN, enquanto ela estava no lado noturno do planeta. Assista, abaixo:

Apagão em órbita

Ainda segundo a agência, a câmera de orientação do orbitador Mars Odyssey também foi inundada com energia de partículas solares, apagando-se momentaneamente. De acordo com a NASA, o breve apagão durou uma hora e não impediu o orbitador de coletar dados vitais sobre os raios e as partículas.

Mas a tempestade solar não foi a primeira que o Odyssey testemunhou. Em 2003, partículas solares de uma explosão estimada como um detector de radiação X45 chegaram a “fritar” o orbitador. “Este foi o maior evento de partículas energéticas solares que a MAVEN já viu”, disse Christina Lee, líder de clima espacial da MAVEN.

Assim, os dados ajudam os cientistas a compreender o nível mais elevado de exposição à radiação os astronautas podem encontrar em Marte, bem como ajudar em futuras missões ao planeta.

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Publicado por Thiago Dutra Diniz

31 Anos, Cursei Biomedicina em Salvador. Católico Apostólico Romano. Amante de viagens, gosto de conhecer novos lugares, gosto de cozinhar e tomar cerveja aos fins de semana.

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